Uma paz chamada Camila
Ela briga sim, por paz, por respeito, ela briga pela não violência. Camila Cabete é a representação de como o mundo dos negócios funciona melhor quando é engajado.
É normal se ouvir dizer que Camila Cabete é o mercado editorial quando sorri. Mas talvez seja mais correto dizer que a senior country manager da Kobo no Brasil é o mercado editorial quando pensa. Mais precisamente, quando pensa bem (entre parênteses e feministas, recorreremos aqui a uma declaração da escritora Marina Colasanti, sobre nunca ter almejado o reconhecimento de escrever bem, mas o de pensar bem). Cabete olha o horizonte como se fosse não o lá longe, mas a própria beirada de sua janela. Abre e visita seus livros ora em papel, ora em seu e-reader (Kobo, claro) ou aparelho celular, como cada vez mais pessoas fazem no mundo todo. Metáfora, essa do papel e do digital, de como a historiadora de formação valoriza o passado como a base, a vivência acumulada e o aprendizado, para se resolver questões urgentes e caminharmos para um bom lugar, de respeito, prosperidade, harmonia sem preconceitos, principalmente sem machismo. Raramente Camila Cabete fala de negócios no mundo do livro ou da inovação sem ter entre seus argumentos questões sociais. As coisas não estão separadas, simples assim. Cara&Coragem é essa seção na newsletter da LabPub em que informa-se menos, celebra-se mais. Celebra-se a existência desses homenageados, a coexistência de nós todos. Abaixo, um pequeno e muito louco questionário, desses de tentarmos ver as coisas de ângulos diferentes do usual.
LabPub – Beleza é mesmo fundamental? Que beleza?
Camila Cabete – beleza não existe, é criação sociológica.
LabPub – A tecnologia vai nos libertar ou pode nos aprisionar?
Camila Cabete – tudo pode nos aprisionar, tudo o que é tido como “bom” pode nos aprisionar se não fizermos uso adequado. E estamos falando de humanos, ou seja, caixinha de surpresas sempre.
LabPub – Quente ou frio, que é melhor pra você?
Camila Cabete – bebida quente, clima frio.
LabPub – Nas nossas vidas, tem mais “ou” que “e”? Devia ter mais “e” que “ou”?
Camila Cabete – Temos mais “ou” e deveríamos ter muito mais “e”.