Tanta coisa! Como consegue estudar num curso EAD?

By 4 de março de 2020 Blog

Tanta coisa! Como consegue estudar num curso EAD?

Duas alunas LabPub compartilham aqui seus métodos de estudo e suas vivências no meio editorial: com vocês, Wélida Muniz e Carolina Porto Ruwer.

“Nossa, ando me sentindo perdida com tanta coisa pra fazer”; “Será que outras pessoas conseguem se organizar melhor do que eu pra acompanhar as aulas direitinho, cumprir os prazos, fazer os trabalhos que os professores propõem?” Quem nunca se sentiu assim durante um curso tem mesmo muita sorte ou caiu numa piscina de organização quando era criança. A tarefa do estudante é de uma solidão cheia de gente e de vozes, o que só deixa tudo mais confuso. Mas não é assim pra todo mundo, nem precisa ser para ninguém. Conversar com professores, outros alunos, com a coordenação dos cursos, é sempre muito válido para espantar fantasmas e de fato ouvir dicas que otimizem seu dia a dia nos estudos. Vamos combinar que o modelo EAD facilita as coisas nesse sentido, mas ainda assim é necessário algum método, além do empenho usual. Nesse post contamos com a generosa participação de duas alunas LabPub, a Wélida Muniz e a Carolina Porto Ruwer, que compartilham aqui suas vivências, tanto profissionais quanto na condição de estudantes EAD.

Wélida Muniz é mineira de cidade pequena, Maripá de Minas, na Zona da Mata. Morou em cidades do Estado do Rio de Janeiro e hoje está na Bahia, em Alagoinhas.

“Quando fui para lá eu já traduzia algumas coisas, de forma voluntária. E eu gostava MUITO de traduzir. Então, depois de um ano na minha nova cidade, parei para pensar em como poderia começar a me preparar para fazer traduções melhores, decidi começar a estudar Letras – Inglês na UNEB”.

Vai dizer que a vida dela é tranquila porque não mora numa capital? Veja bem: quando entrou na faculdade, já fazia um curso técnico em Logística e, assim que terminou, começou a traduzir livros profissionalmente.

Os trabalhos são feitos, em maior parte, para autores  independentes. Também faço preparação e revisão de textos”.

 E tem descanso à vista? Tem descanso não senhô! No momento ela vai terminando a faculdade, faz uma pós em Tradução e ainda cursa o MBA BOOK PUBLISHING na LabPub. Como, heim?

“A minha rotina de estudos ela dá certo, mas é bastante atribulada… Quanto às aulas ao vivo, eu assisto as das áreas que eu gosto mais e, também, TODAS as aulas que o Pedro Almeida der (alerta fangirl). Algumas aulas eu assisto gravadas, encaixando no tempo que tenho livre, isso acontece principalmente quando tenho muita coisa para fazer, o que vem sendo o caso ultimamente. As leituras são feitas nos intervalos da faculdade e aos sábados, que é também quando eu aproveito para adiantar as traduções e ficar um pouco adiantada no meu cronograma.”

 De Alagoinhas, na Bahia, a Porto Alegre, Rio Grande do Sul: cerca de 2.500km unem e separam Wélida e Carolina Porto Ruwer. Jornalista com especialização em Expressão Gráfica, ela atua no mercado editorial desde 1994. Já foi revisora e  preparadora de textos, já teve gráfica expressa, atua em produção editorial, “mas meu talento principal é como designer editorial”.

“Eu amo a área editorial, mesmo no período em que tive a gráfica expressa, nunca deixei de trabalhar com isso em paralelo. É algo que faz parte de quem sou. Resolvi fazer a PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO EDITORIAL com o objetivo de me atualizar em termos de práticas, tecnologias, processos de trabalho e também fazer contatos com mais gente do meio. Nosso mercado está num momento de transição, então preciso estar atualizada.”

Carolina conta que trabalha em sistema de home office, atendendo clientes fixos e outros avulsos. Está com filho pequeno. Então, tanto esse sistema de trabalho quanto o curso no formato EAD são ideais para esse momento de sua vida.

“Acho muito importante assistir as aulas ao vivo, pois é oportunidade para interagir com os colegas e professores. Muitas vezes a informação mais importante está ali, numa conversa paralela com alguém do meio. Um curso à distância é muito diferente de um curso presencial. Se formos comparar, sempre há uma perda no aprendizado do aluno. Mas ele serve para quem não teria outra maneira de estudar, seja por questões geográficas, seja por falta de tempo ou de rotina. Então, é preciso compensar esse déficit assumindo um papel ativo no aprendizado. Pensando nisso, logo de início tomei a iniciativa de criar um grupo de whatsapp dos alunos. É algo bem informal, mas um excelente local para network, dúvidas, dicas, debates, amizades e, principalmente, para falarmos sobre o mercado editorial. Divulgamos vagas, frilas, damos palpite nos currículos alheios… é um lugar bem bacana em que todos têm o objetivo de somar. Quem tiver interesse e for aluno da LabPub, será muito bem-vindo!”

Dois mil e quinhentos quilômetros de distância e uma afinidade que aproxima essas duas alunas da LabPub: o empenho. Você vai ler agora uma dica das mais preciosas que Carolina deixou aqui.

“Assisto a todas as aulas pelo menos duas vezes. A primeira, ao vivo, em que procuro participar. Depois, assisto de novo no dia seguinte ou pelo menos naquela semana. Às vezes faço isso junto com as tarefas domésticas, noutras, quando o assunto é mais difícil, me concentro somente em rever a aula. Tenho um filho pequeno e à noite é justamente o horário que ele quer brincar na rua. Nos primeiros meses me empolguei e me inscrevi em todas as disciplinas possíveis, meu marido chegava tarde do trabalho, e várias vezes precisei levar o notebook e os fones de ouvido para o pátio do condomínio e assistir aula assim, com metade da atenção na aula e a outra nele (a gente faz o que dá, né?). Neste semestre, fizemos uma readequação nas rotinas aqui em casa e meu marido está tomando conta dele enquanto assisto às aulas, o que facilitou bem a minha vida.”

PAIXÃO PELOS LIVROS – princípios e vivências

Wélida Muniz

“Sempre fui interessada por ler livros, mas a visão que costumamos ter é a de que seja um meio inacessível, no qual só pessoas muito incríveis trabalham. Jamais imaginaria que escolheria esse mercado para trabalhar. Meu foco, na verdade, é tradução, mas gosto muito de fazer preparação e revisão de textos (dá para aprender bastante e ajuda muito com as traduções também). Eu me interessei pelo MBA para poder me preparar e poder oferecer um trabalho cada vez melhor para os autores e para as editoras. E principalmente descobrir oportunidades em outras áreas do mercado do livro. Gostei muito da parte de edição também, mas acho que preciso “crescer” um pouquinho mais para ela. A experiência com a Labpub vem sendo maravilhosa! É incrível ter aula com as pessoas incríveis e talentosíssimas que se dispõe a oferecer seu tempo e compartilhar suas experiências conosco. E gente, mesmo que não tenham muito tempo, como eu às vezes não tenho, tentem assistir uma aula ou outra ao vivo e interagir com os colegas, as discussões no chat são muito úteis e conseguimos muitas dicas lá. Esse aqui é o link do meu portólio http://bit.ly/welidamuniz“.

Carolina Porto Ruwer

“Minha paixão pelos livros começou com a coleção da Laura Ingalls Wilder. Havia uma série que passava na TV chamada Os Pioneiros e eu era fã. Minha mãe achou um livro da protagonista à venda e depois toda uma coleção. Toda noite meu pai lia um capítulo para mim e meus irmãos. Quando aprendi a ler, devorei os livros e nunca mais parei de ler. Eu era tão doente por livros que me levavam junto para escolher o que iriam comprar para a biblioteca da escola, pois eu já tinha lido tudo o que havia por lá. Em 2014, atuei como consultora internacional da Organização das Nações Unidas, realizando trabalhos para o Sistema Nacional de Justiça do Timor Leste. Criei alguns projetos e diagramei diversas publicações em três idiomas. Em 2018, juntamente com a jornalista Cláudia Coutinho, criamos a Capítulo 1 – Conteúdo e Design Editoriais. Produzimos todo o tipo de conteúdo para os mais diversos tipos de suporte, assim como fazemos o design de publicações em geral, sejam elas impressas ou digitais. Fazemos livros, revistas, relatórios, cases de marketing, sites, enfim, de tudo um pouco.”

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