Saudade de viajar, né?
Os editores Marcos Marcionilo e Cassius Medauar — professores da LabPub e membros do conselho do prêmio Jabuti — relembram conosco viagens marcantes de trabalho.
Não que alguém possa dizer: “nossa, como viaja! mal para em casa”. Mas no mundo do livro muitas vezes surgem viagens a trabalho, principalmente para festivais de literatura, como a Flip, pequenas, grandes ou enormes feiras do livro, como a de Frankfurt. Mas como é característica desse nosso meio a proximidade maior entre os profissionais, mais do que a competitividade, tais momentos se tornam facilmente muito bons de se lembrar. A nosso convite, dois editores toparam dividir conosco algumas lembranças.
Cassius Medauar: “Aquele abraço, Gaiman!”
Eis uma viagem inesquecível para um dos professores do curso FORMAÇÃO DE EDITOR DE HQ na LabPub, Cassius Medauar: “É uma imbatível, a melhor de todas… Em 2001 eu estava na Conrad Editora. Era maio. Num sábado pela manhã, cedinho, peguei a ponte aérea de São Paulo para o Rio de Janeiro. Sexta-feira tinha sido meu aniversário. Fui encontrar o Neil Gaiman, acompanhá-lo Bienal do Rio. Essas duas fotos registram o dia: uma na bienal, outra no Cristo Redentor. Engraçado que foi para perto, né? Mas foi a mais legal, porque foi para acompanhar um autor como ele, muito bacana. E foi como se fosse um presente de aniversário para mim”.
Marcos Marcionilo: “Saudade de viajar, né, minha filha?”
O fundador e editor da Parábola Editorial, professor, entre outros, do curso FORMAÇÃO DE EDITOR DE TEXTOS, Marcos Marcionilo, pegou no álbum e na memória uma viagem que marca, digamos, os bons encontros caseiros além-mar, conforme ele conta:
“Sim, Doutor Drauzio! Uma saudade imensa de ir a Frankfurt encontrar e conversar com editoras(es) dos mais variados lugares e situações no mundo, andar centenas de quilômetros de quarta-feira a domingo por todos aqueles halls gigantescos, planejar um Brasil de leitores e, à noite, ter duas, três festas, com Mariana Rolier e Pedro Almeida, essas inspirações vivas, só pra mim. Doutor Drauzio, com o Brasil no rol dos cancelados e com esse câmbio dos infernos, quando poderemos voltar a circular e a editar em compasso com o mundo?”
Foto: Pedro Almeida