Bruna Russo é da equipe de transmissões da LabPub. Talentos múltiplos, ela coleciona de tudo: dentes, explorações e sonhos.
Não deve ser por acaso que a primeira transmissão que a Bruna comandou na LabPub tenha sido o curso sobre Virginia Woolf. “Aprendi muito nessas aulas!”, ela ainda hoje celebra. Grandes planos se espelham em grandes exemplos.
“Meu grande sonho é trabalhar com moda, quero ser figurinista, quero idealizar uma roupa, montar o personagem, entender a história por trás de uma peça. Também sonho em viajar o mundo, descobrir novas culturas, conhecer pessoas novas, sabores novos, enfim, quero explorar cada parte de cada continente.”
Essa faixa roxa de karatê, que aos 18 anos já praticou um montão de outros esportes, teve a primeira vivência profissional aos 16, interessadíssima em fotografia (essa forma de explorar o mundo): “Trabalhei como assistente de câmera para uma drag queen chamada Dimmy Kieer, mas isso não durou muito tempo porque o projeto ficou só no piloto. Na época queria trabalhar com fotografia, então cobria eventos literários que minha mãe participava. Já fotografei algumas autoras em ensaios de divulgação de obra, principalmente a minha mãe e as do Selo Auroras”.
Toca violão? Toca. Teatro? Sim. Canto e balé? Também. A exploração é mesmo um traço marcante dela, não é? Acrescentemos: escreve bem pra caramba, mas por enquanto nosso mundo editorial não recebe a maior atenção da Bruna (por enquanto).
Fotografia
“Coleciono fotos polaroid, fotos 3×4 e dentes (meu dente preferido é o da minha cachorra).”
O olhar de fotógrafa deve ser para sempre. Vejamos o que um dos maiores nesse assunto escreveu a respeito de fotos como as 3×4 que a Bruna coleciona: “Ao artifício de certos retratos, eu prefiro francamente as pequenas fotos de identidade apertadas umas contra as outras nas vitrines dos fotógrafos de passaporte. Diante desses rostos sempre é possível fazer uma pergunta, e descobre-se, na falta de uma identificação poética que espera-se obter, uma identidade documental”. É de Henri Cartier-Bresson, no ensaio “O instante decisivo” (publicado no Brasil no livro O imaginário segundo a natureza, com tradução de Renato Aguiar, editora G.Gilli, 2015).
O trabalho
Assim como Gabriel Carrenho e Carlos Borges, Bruna chega no início da noite na LabPub para pôr no ar as aulas EaD. Não precisamos dizer quão fundamental é o trabalho deles.
“Antes de colocar a aula no ar, verifico o alcance da internet, isso é essencial para uma aula sem problemas. Durante as aulas monitoro o som dos mediadores e professores, a qualidade da imagem, a conexão da internet e fico muito atenta ao chat para melhorar o que os alunos solicitarem. Quando acontece algum problema, seja com internet ou com a própria transmissão, eu espero alguns minutos para ver se a coisa se estabiliza, na maioria das vezes essa é a solução, mas para casos que realmente estão fora do meu controle, eu busco ajuda do Carlinhos”.