O desdobramento da minha última coluna do Publishnews
Há alguns dias eu publiquei uma coluna na Publishnews, falando de uma nova forma de encarar o que faço, na plataforma LinkedIn. Tive muitos feedbacks positivos.
Como desdobramento disso, vi muitos colegas de mercado mudando seus perfis e percebendo que eram muito mais que editores de livros, mas editores de conteúdo. Nossas capacidades extrapolam os CNPJs que representamos. Mas, ainda assim, nosso mercado enfrenta uma enorme resistência a se qualificar.
O mercado editorial foi durante muitos anos uma profissão passada de pai para filho, de profissional a protegido. Era mais um ofício do que algo aprendido formalmente. Isso nos trouxe coisas boas, mas muito mais coisas ruins vieram deste coronelismo.
Ainda temos um mercado com déficit de qualificação. Se compararmos (obviamente proporcionalmente) com outras profissões, o profissional do livro investe muito menos em sua qualificação/capacitação/reciclagem. Não falo por base em dados, mas com base no que observo e vivencio. Será que existe algum medidos oficial disso por aí?
Ok, concordo que não existem muitos cursos/escola de capacitação, mas tem algumas sim. E se não tiver, vai estudar inglês, espanhol, francês, programação…
Você também observa esta resistência entre seus colegas de trabalho?
Camila Cabete
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter) tem formação clássica em História e foi responsável pelo setor editorial de uma editora técnica, a Ciência Moderna, por alguns anos. Entrou de cabeça no mundo digital ao se tornar responsável pelos setores editorial e comercial da primeira livraria digital do Brasil, a Gato Sabido, além de ser a responsável pelo pós-venda e suporte às editoras e livrarias da Xeriph, a primeira distribuidora de conteúdo digital do Brasil. Foi uma das fundadoras da Caki Books, editora cross-mídia que publicava livros em todos os formatos possíveis e imagináveis. É a Brazil Senior Publisher Relations Manager da Kobo Inc. desde 2012.