O Computador Antes da Capa
Lápis, papel, tintas, pincel, fotografias. Tudo serve, tudo é lindo, a arte necessária, sempre. Mas precisa também do computador, de bom software, do contrário fica difícil hoje em dia fazer nascer a capa de um livro. Considerando-se que a grande maioria das editoras no mercado tem seus fluxos de criação baseados em certos programas e formatos, este não é um item secundário nas preocupações de capistas.
Conversamos com Delfin, que na LabPub ministra o curso REAL JOB – CAPA DE LIVRO e o Design editorial – Dos fundamentos à prática, pra entender o que se usa, o que é indispensável, o que não é tão urgente para esse trabalho fascinante, que tanta diferença faz na história dos livros.
Software
O pacote Adobe é o básico necessário, usado pela maioria das editoras no Brasil. O básico quer dizer: Photoshop, Illustrator e InDesign. O Photoshop para tratar as imagens, o Illustrator para fazer as peças ilustradas, o InDesign para compor os elementos da capa do livro.
“Tem gente que fecha as capas no próprio Illustrator. E tem gente que fecha até no Photoshop. Mas o InDesign é o padrão do mercado, um software de desktop publishing específico para fazer tanto miolo de livros quando revistas e capas de livro. Tem gente que usa softwares paralelos. Gente que ainda utiliza o QuarkXPress. Mas ele tem uma incompatibilidade com o pacote Adobe usado pela maioria das editoras. Há também quem use o CorelDraw, muito popular, e não tem problema nenhum! Ele gera arquivos no formato Illustrator – é um software muito interessante para quem sabe usar, que teve problemas no passado, que não apresenta mais”, explica Delfin, mostrando possibilidades e limites dos programas, de acordo com as escolhas que os profissionais fazem.
Hardware
Primeira pergunta que costuma surgir: precisa ser Mac? Delfin concorda que os computadores Apple têm uma vocação para as artes visuais. Mas tranquiliza os usuários em tempos de Dólar tão valorizado em relação ao Real: PCs trabalham muito bem, suficientemente bem.
“Não precisa ser computador de última geração. Tem é que ter um mínimo de capacidade de memória, para realizar um tratamento decente de imagens e para a instalação dos programas”.
Ano 2015 em diante é a recomendação que faz. Se for PC, que o processador seja Intel Core i3, i5 ou i7 2ª geração. E que o sistema operacional seja Windows 8 pelo menos. “Tem quem consiga trabalhar no Windows 7. Mas vale uma atenção: programas muito desatualizados podem não ser lidos por programas mais modernos”. Além disso, Delfin lembra que computadores mais antigos costumam provocar mais lentidão no processo.
Outras dicas: Delfin alerta que o trabalho exige um nível alto de detalhamento. A tela de um notebook pode não ser suficiente, e exigir que se dê zoom frequentemente. “Fechamento de arquivos exige muita precisão. Sugiro pelo menos uma tela de 24 polegadas”. Ele também lembra da tipologia, material básico para o capista. Para quem está mais em fase de formação nesse meio, talvez não seja necessário no momento comprar fontes e sim baixar o que for possível de fontes gratuitas. “Desenhar sua tipologia também é muito legal”. Por fim, banco de imagens. No curso REAL JOB – CAPA DE LIVRO, ele vai falar mais do tema, ensinar a usar, mostrar as possibilidades. Mas já deixa escapar uma dica bacana: se você tiver intimidade com a fotografia, fazer as próprias fotos pode emprestar originalidade aos seus trabalhos.
Quem assina: Redação LabPub