LER: diversidade no palco e no público
Entre os dias 17 e 20 de maio, aconteceu no Rio de Janeiro a LER – Salão Carioca do Livro, na Biblioteca Parque, e a LabPub participou, no dia 18, com oito oficinas.
Ao entrar na Biblioteca, um misto de sensações. Prazer em entrar num lugar lindo, moderno e grandioso. Tristeza por saber que ela esteve fechada por um ano e quatro meses, por falta de verba (a reabertura oficial ainda é uma dúvida). A LER realmente acertou em fazer o evento ali: o tamanho perfeito e a estrutura adequada resultaram num salão sempre cheio e com programação para todos os gostos.
A LabPub levou quatro professores: Camila Cabete, Bruno Mendes, Mariana Rolier e eu, Cassia Carrenho. Em duas sessões por tema, abordamos listas dos mais vendidos, marketing digital, produtos digitais e a profissão do editor.
O público foi algo bem interessante. Desde autores independentes, passando por estudantes querendo saber mais sobre o trabalho editorial, profissionais e até curiosos que estavam esperando por outros eventos.
A experiência, mais uma vez, mostrou que muitos jovens estão buscando formação para entrarem nesse mercado de trabalho e, cada vez mais, leigos querem entender melhor tudo o que cerca os livros.
Em uma das minhas palestras, quando perguntei quem pesquisava lista dos mais vendidos para comprar livros, fui surpreendida por vários participantes que disseram “sim”… Com isso, tive até que repensar um dos slides da apresentação, que trazia uma informação contrária!
Além das palestras da LabPub, a LER promoveu debates, mesas, lançamentos, um programa especial para estudantes, além de um espaço para editoras. De divas da literatura brasileira, como Marina Colasanti, a autores com inúmeros fãs adolescentes, como Raphael Montes. Tinha um pouco de tudo, como deve ser.
Outro destaque foi o espaço KDP Kindle, logo na entrada, com palco próprio, por onde passaram vários autores falando sobre autopublicação e literatura.
Para a LabPub, uma escola com cursos para o mercado editorial, é um grande estímulo ver uma nova geração buscando educação, principalmente em um espaço público tão importante para a cidade do Rio de Janeiro.
Se a Biblioteca voltará a operar? É ver para crer. Torcemos por isso e por mais eventos com diversidade no palco e no público.