Professor da oficina de crônica na LabPub, Luís Cosme Pinto lançou esse semestre seu segundo livro… de crônicas, claro!
Quinta-feira, a boa notícia pinga no whatsapp: “Olá, sua crônica chegou”. É o jornalista e escritor Luís Cosme Pinto, anunciando a publicação na Revista Fórum. Cronista é um escritor que olha para o relógio, por isso a aproximação com o mundo do jornalismo. Rubem Braga foi repórter, Marina Colasanti é jornalista. Mundo que Cosme domina como poucos, tendo sido um dos repórteres mais marcantes do telejornal 60 minutos, da TV Cultura, também editor em outros veículos de peso, como as tevês Globo e Record. Mas crônica não é notícia, eis uma boa notícia.
Cosme decidiu mergulhar na jornada de escritor. Lançou seu segundo livro de crônicas em fevereiro passado (2023): Birinaites Catiripapos e Borogodó, pela editora Kotter. Em 2010, havia feito sua estreia com Ponte aérea (Novo Século). Cursou pós-graduação em Formação de Escritores no Instituto Vera Cruz, com foco na escrita de não ficção. E em julho ministra a Oficina de Crônica, na LabPub.
“Fernando (Sabino) não tinha medo dos porquês, perguntava bastante, queria saber tudo sobre a vida do escritor que já chamava de amigo. Mario (de Andrade) resumia, Fernando esticava, mas os dois se gostavam e a amizade crescia a cada frase.
Li e aprendi com Sabino uma boa técnica para encerrar uma prosa que se prolonga demais.
Ao mesmo tempo que ele se desculpava com o amigo pelos excessos, anunciava o ponto final de forma fulminante.
‘Caro Mario, perdoe se me estendi demais, mas tenha certeza: daqui não passo!’
Nem ele, muito menos eu”
Trecho final da crônica “Carta”, no livro Ponte aérea (Novo Século, 2010), de Luís Cosme Pinto.