Dos 13 livros indicados para o International Booker Prize desse ano, quatro são de nosso continente. Um deles, o “Torto arado”, de Itamar Vieira Júnior.
É o que essa premiação anual chama de lista longa, que funciona como o anúncio dos dez finalistas no Prêmio Jabuti: a listra curta equivale à dos cinco finalistas, anunciados depois, de onde sai o livro vencedor. O prêmio é de 50 mil libras (quase 320 mil reais), metade para o autor, metade para o tradutor. Mas estar na “short list” já garante a cada um o reconhecimento de 2.500 libras. O tradutor de Torto arado para o inglês, que ficou com o título bem colado ao original de Crooked Plow, foi Johnny Lorenz, filho de brasileiros que se mudaram para os Estados Unidos. Ele é tradutor de Clarice Lispector e Mario Quintana para o inglês. A afirmação de que este é o segundo boom latino-americano está no próprio site do prêmio (The Booker Prize). Além do brasileiro Vieira Junior, autores da Argentina, Peru e Venezuela representam o continente. A comparação se refere ao chamado Boom Latino-Americano, entre os anos 1960 e 1970, encabeçado por autores como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Você concorda com tal afirmação?