Celebramos os trabalhos de Delfin, Dani Costa Russo e Guilherme Kroll entre os melhores no Prêmio Jabuti 2021.
Um dos mais importantes prêmios do mundo do livro no Brasil divulgou nessa terça (9 de novembro) a lista de finalistas desse ano, nas diversas categorias. Estamos falando de obras publicadas em 2020. Imagine isto: o trabalho que enfim chegou aos leitores há um ano ou mais volta a alegrar quem o fez. É ou não é um baita presente?
A Dani Costa Russo está exultante. Desculpe, não achei palavra mais adequada. Publisher do selo Auroras, da Penalux, ela comemora a indicação de Descanso, de Rafaela Riera, na categoria “Romance de entretenimento”. É uma distopia, em torno de um programa oficial de eutanásia para idosos. Russo sentiu medo, sim, mas encarou. O próprio selo Auroras nasceu dias antes do início da pandemia do vírus Covid-19, que justamente atacou mais fortemente, de cara, a faixa mais idosa da população. E essa obra de Riera é o quarto livro do catálogo, totalmente dedicado a criações de mulheres.
“Esse livro tinha que ser publicado. Eu temi a recepção do público, mas ao mesmo tempo tive a certeza de que muita gente ia abraçar a ideia, ia se reconhecer, ia levar a palavra de Descanso adiante, porque alerta sobre a vida dos idosos, como são tratados pela nossa sociedade”, contou a editora, que temos a sorte na LabPub de ter como mediadora dos cursos e ex-aluna.
Outro editor entre nós muito feliz com o Jabuti 2021 é Guilherme Kroll. Fundador e editor da Balão Editorial, ele comemora a indicação de Aquarela, de André Bernardino e Vitor Flynn, na categoria Histórias em Quadrinhos.
Professor de cursos de Ebook, Formação de Editor de HQs, Tradução de Livros, entre outros, ele diz que uma indicação como essa é novo sopro para uma obra lançada no ano passado: “Os autores merecem demais”, disse Kroll.
Aquarela é uma adaptação para os quadrinhos de um conto de José Roberto Torero, que tem como personagem central um mendigo gigante no Brasil. No site da Balão esse livro está em promoção, por conta da Feira da USP.
E o Delfin? “Uberfeliz, é claro!” — foi como ele disse. Há dez anos, nosso professor de Design Editorial e Design de Capas, com seu Estúdio DelRey, viveu essa situação de ser finalista na categoria “Capa”, a mesma pela qual foi indicado agora, pela arte da edição comemorativa de Fahrenheit 451, da Biblioteca Azul (Globo).
“O Ray Bradbury merece só capas assim, à altura”, reverenciou o candidato ao Jabuti, que recentemente foi jurado do mesmo prêmio.
Por fim, não custa lembrar que nessa edição o curador do Prêmio Jabuti é também professor na LabPub, o publisher e fundador da Parábola Editorial, Marcos Marcionilo. Não estamos mal, estamos? Certamente, estamos contentes. Parabéns aos editores e artistas!